segunda-feira, 7 de setembro de 2015

A Visita

Conforme anunciado anteriormente (e ficamos felizes por decidirem nos acompanhar!), visitamos a Associação Nipo-Brasileira nesta terça feira (1), ficando para este post de agora um breve relato do que vimos e de nossas impressões. Incursione conosco neste intrigante mundo dos projetos sociais!

A sede da instituição selecionada fica no município de Rio Grande da Serra e integra o chamado "Grande ABC", sendo um de seus municípios mais pobres. Apenas um de nossos integrantes conhecia a cidade, ainda que apenas de passagem, quando destinava-se a Paranapiacaba em outra ocasião.

Estação da CPTM, Linha 10 - Turquesa.

Como o acesso a cidade se dá pelo trem, na última estação de sua linha, a chegada ao local tem o fantástico e o provocante dignos de uma jornada ao desconhecido. Para dar contornos dramáticos a experiência, entre as estações Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra, os vagões praticamente se esvaziam, dependendo do horário, e a composição reduz sua velocidade, chegando a estacionar por instantes em um trecho rural, pois divide os trilhos com trens de carga sendo necessário o rodízio.

Quem lembra da virada do tempo de terça, acrescente ainda o fato de que estávamos cruzando a cidade durante a tarde, conforme o céu fechava e a temperatura caía, dando-nos a estranha impressão de ter ido longe o suficiente para alterar o clima, cruzando biomas diversos.

Akira nos recepciona na estação e nos leva a sede da instituição.

Nosso contato na Associação Nipo-Brasileira é Akira Auriani, responsável por refundar e presidir a instituição após longo período desativada, mudando os fins de auxílio a comunidade japonesa, que já há algum tempo se dispersou da região, para o de assistência a comunidade local em geral. A iniciativa tem por volta de um ano contando com tímida divulgação. Só o conhecemos porque um dia do curso de extensão foi reservado a apresentação das instituições interessadas (chamadas por nós de "clientes") e seus respectivos projetos.

A natureza sustentável embutida no conceito de Hidroponia Social, estrutura que harmoniza bem social e ecológico, bem como o ímpeto criativo de seu idealizador, nos contagiou.

Chá com Daissy e Akira, no prédio principal da instituição.

Em conversa com Akira, conhecemos um pouco mais da história da instituição que ele preside, sua trajetória pessoal e os recursos dos quais poderíamos dispor ao longo da execução do projeto. Conhecimento técnico de um local que já pratica a hidroponia, o terreno para a erguer a estufa e mão de obra voluntária - basicamente isso, ficando o grande desafio reservado para a arrecadação destinada a compra de materiais.

Conhecendo o espaço, área externa do prédio principal.

Nossa intenção durante a visita era consolidar as bases do projeto, entretanto, para a nossa surpresa, este já se encontrava em um avançado estágio de elaboração, restando-nos executá-lo, tarefa um tanto quanto intimidante em razão das expectativas envolvidas. Conversando com Akira, lembramo-nos de algo que havia sido mencionado em sua apresentação na UNIFESP: o Prof João Arantes, responsável pelo curso de extensão sobre projetos sociais, já havia feito parceria com a Associação Nipo-Brasileira em outra ocasião, tendo outro grupo nos antecedido e executado seu objetivo com bastante êxito.

Projeto de futebol, sucesso na comunidade.

O projeto em questão (e já que eles também foram orientados a criar um blog você consegue mais detalhes por aqui) dizia respeito a arrecadação de materiais para os treinos de futebol conduzidos pela associação, entre bolas, cones, coletes e redes para o gol, o orçamento superava os três mil reais. Pois é, ao ver a garotada treinando, o sucesso do projeto era mais do que evidente. O próximo "gol" terá de ser nosso!

Papel e caneta na mão para os ajustes finais!
Fiquem atentos, no nosso próximo post, colocaremos aqui o Termo de Abertura do Projeto.